Presidente Exalta Futsal de Osasco e Projeta Futuro
A Liga Osasquense de Futebol de Salão tem sede própria, sim, há anos na Praça Padroeira do Brasil no Jardim Agu, bem no centrão. Com um histórico de conquistas, a modalidade sempre foi uma das grandes referências esportivas de Osasco. No entanto, a Lofs enfrenta um dilema igualmente histórico e grande – não tem quadra própria.
O que isso significa? Que apesar de ser uma modalidade de intensa atividade o salonismo cumpre temporadas tipo nômade, usando ginásio conforme as respectivas agendas. “Com um reduto próprio isso acabará”, comenta Paulo Sérgio, 53, presidente da Lofs desde 2010 e cujo mandato vai até 2022.
Ele mora no Jardim Veloso, zona Sul de Osasco, e três décadas atrás começava a se projetar jogando pelo Muno (Mocidade Unida do Novo Osasco). Segundo Paulo Sérgio, foram anos de ouro do futsal que tinha outras grandes equipes como Fepasa, POP, Náutico, Eternit… A lista segue e igualmente recheada de atletas que marcaram as quadras da cidade.
Em 1982, Paulo Sérgio já estava cem por cento picado pelo vírus do futsal e, garotão ainda, juntou-se com os irmãos Arruda (Agnaldo, Romildo e Carlinhos) para criar o Velosinho. Quatro anos depois ele vestiria a camisa de Osasco no Troféu Piratininga de Seleções, torneio da Federação Paulista e já extinto – a cidade foi campeã em 1986, no ano seguinte deu medalha de prata e, em 1988, bronze. Paulo Sérgio tem fotos nesses três pódios.
Agora presidente da LOFS, ele folheia essas páginas do passado e aponta que, apesar de todas dificuldades da época, o futsal osasquense surfava legal. Ao dizer isso, Paulo Sérgio destaca que atualmente a LOFS sobrevive num mar bravio e remando com as mãos. A entidade não conta mais com verba municipal e, assim, cada temporada é um leão feroz a ser dominado. Sem recurso algum, os clubes vão para o sacrifício e movidos unicamente pela paixão.
Paulo Sérgio tem mais três anos à frente do salonismo osasquense e não alimenta esperança alguma de voltar a contar com subvenção municipal. Mas se isso é um problema e tanto, o presidente aponta para um outro maior – reduto próprio. Ele está falando de um ginásio sob regência da Lofs.
Osasco tem o Liberatão de Presidente Altino e o Geodésico da Cidade das Flores, os dois principais da cidade. O primeiro é do vôlei feminino e o outro é reduto do basquete mas aberto para todas modalidades – até para eventos sociais nada a ver com o esporte; há outros espaços como o Ives Tafarello no Jardim das Flores, onde a Lofs chegou a ter momentos de glória com o ginásio sendo conhecido como Templo do Futsal. Faz tempo e hoje o velho Ives é só história. As outras quadras estão no CEU Saramago e no Jardim Baronesa; a da Vila Ayrosa é um bom local mas está fora de jogo por conta de reforma.
Qual a luta da entidade no momento? Conseguir uma dessas quadras para administrar e ter um respiro para os vários campeonatos. Por exemplo, a LOFS orquestra 57 clubes, todos com categorias a partir da sub 8 e até a juvenil, mais as equipes principais; de quebra, chega forte a categoria feminina que vem conquistando espaço ano a ano. Sim, são muitos times em ação a cada fim de semana e Osasco torna-se pequena para tanto futsal.
Tendo uma quadra própria, segundo presidente Paulo Sérgio, a LOFS não entraria em jogo dividido contra nenhum outro evento e teria bola rolando direto e reto. O presidente vem conversando sobre isso com a prefeitura, trata-se de um assunto moroso mas Paulo Sérgio mantém o otimismo.
Reduto à parte, outra batalha é pela Lei de Incentivo ao Esporte, ferramenta do governo estadual que libera recursos. A LOFS se encaixa no perfil para receber esse benefício mas a burocracia é outra longa demanda. A entidade está nessa luta para entrar no listão do governo em 2020.